MÁFIAS DO SUPREMO

Nos últimos anos da Dinastia Goryeo, por volta de 1392, com o neo-confucionismo, a aristocracia, outrora vibrante, começou a perder força. Isso mexeu com o general Yi Songgye, não satisfeito, forçou o rei a abdicar e colocou outro no lugar, porém, ainda queixoso, derrubou o regente e tomou o trono para si. O exímio militar Mun Jang-pil, que era um leal súdito do último rei da dinastia Goryeo, fundou uma força paramilitar que trabalhava no escuro contra o império, ao longo dos anos, ataques diretos e indiretos eram feitos, sempre em benefício dos mais necessitados. Essa era a premissa deles, o que foi mudando ao longo dos séculos. Mesmo que o núcleo do Clã Moon. Ainda quando os japoneses tomaram o domínio da península coreana à partir de 1910, o grupo paramilitar, que agora perdia tal formato porquanto, mantinha contato forçado com a Yakuza, conseguiu guardar a liderança nas mãos dos Mun, que de geração a geração, foi passada para seus primogênitos que assumiram seu lugar quando o antecessor morressem ou atingisse a idade do descanso obrigatório.  Enquanto a Coreia se desenvolvia sob o domínio dos japoneses, a Yakuza tentava de todas as maneiras absorver o clã Moon, que se fechou aos seus próprios costumes não deixou-se desfazer. Os japoneses só recolheram-se após o término da segunda guerra mundial, porém, nesse momento a península coreana se dividiu e as Coreias entraram em guerra de 1950 a 1953, quando houve intervenção externa e ambos os lados assinaram um acordo, sem realmente finalizar a guerra. O clã Moon ficou dividido, os norte-coreanos ficaram situados na cidade de Wonson, Kangwon, já os sul-coreanos, se fixaram em Gangneung, província de Gangwon, província litorânea. Como a tensão entre as Coreias só aumentava conforme os anos, o clã Moon precisou se adaptar, corrompido por longos séculos de guerra e morte, e por volta de 1954 fez nascer dois clãs: o do norte ficou conhecido como o clã da lua minguante, enquanto o do sul ficou conhecido como o clã da lua crescente. Era impossível não haver divergências entre os dois clãs, o único ponto que não mudava era a forma de sucessão da liderança, sempre o primogênito sucedendo outro primogênito homem. O clã lua minguante foi o que mais manteve esse ponto, já o clã lua crescente a partir dos anos 2000, começaram a aceitar primogênitas mulheres, o que levou a ruptura total dos dois clãs. Atualmente, o clã minguante era liderado por Mun Jae-in, sua esposa era Jeong Hee-jin que anos atrás deu à luz gêmeos, a menina Mun Ye-jin nasceu dez minutos primeiro, fazendo seu irmão Mun Kyong-jin, mais novo. Isso foi encoberto, Kyong-jin era o mais velho e seria ele o sucessor do clã lua minguante. Enquanto no outro clã, o líder se aproximou da idade do descanso forçado e não teve sucessor, por mais que ele tenha mudado de mulher algumas vezes, o problema era nele e o mais próximo era seu irmão mais novo que em época, já era falecido, então o que restou foi seu sobrinho mais velho, que assumiu o clã de bom grado. Mun Jae-in, querendo unificar os clãs mesmo que as Coreias não fossem unificadas, ofereceu sua filha Mun Ye-jin como noiva para o Mun Se-gwang, o líder do clã lua crescente. Antes do casamento que aconteceria na Suíça, o irmão gêmeo de Ye-jin morreu em um acidente de carro, os legistas afirmaram que o rapaz estava embriagado e adormeceu, isso deixou todos devastados por um tempo e o casamento foi adiado. Para Ye-jin, ela seria a sucessora de seu pai, que já estava próximo da idade do descanso obrigatório e no fim, ela era a primogênita. No entanto, nada fora falado até o casamento que uniria os clãs, finalmente tornando-o um só mais uma vez. Ye-jin ainda acreditava que seria a líder dos minguantes, mas no dia do seu casamento, enquanto aguardava, escutou sobre seu pai passar sua sucessão ao seu noivo e não para ela. No dia 22 de dezembro de 2023, após a cerimônia, o líder se pronunciou deixando suas intenções ao seu sucessor, no dia 24 de dezembro de 2023, o grande Mun Jae-in morreu e no dia 25 de dezembro de 2023, Mun Se-gwang morreu. Dizem as más línguas que ambos foram servidos na festa comemorativa do ano novo que também celebrava a primeira mulher como líder dos clãs unificados. Os clãs passam a denominar lua cheia, uma organização criminosa responsável pelo tráfico de pessoas na Coreia do Norte, onde existe uma sede do clã, as sombras da sociedade e os crimes cibernéticos que se concentram na Coreia do Sul, por sua melhor velocidade na internet e avanços tecnológicos. O clã conta com uma rede de hackers pelo mundo para qualquer pedido que o cliente faça. Com a liderança de Ye-jin, os negócios melhoraram e, para lavar o dinheiro que estava ganhando, o clã abriu uma rede de restaurantes com chefs renomados que trabalham com a comida coreana. Tais restaurantes estão espalhados pelo mundo, servem também como ponto de distribuição da rede de tráfico humano (viva ou morta), ou ponto de recolhimento de pessoas que serão vendidas fora dali. Já a rede hacker é feita de hackers de todo o mundo, acessando um satélite que estava desativado e foi reativado e atualizado para que ninguém além deles consigam acesso.